terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sobre As Mulheres Atuais ou das Flores Bonitas


Definitivamente não compreendo a beleza das flores. Ou melhor dizendo, o encanto que as flores têm sobre os seres humanos. Por que a beleza, das flores, é tão fascinante se é tãon efêmera? Como podemos admirar algo que está fadado a envelhecer, murchar e morrer. Enfeiar-se. Como podemos olhar para aquela bela tulipa ou orquídea rara, ficar estarrecido com sua beleza única, cores vivas, formas perfeitas e esquecer completamente que em muito breve ficará horrível, caída e sem vida. Como podemos ignorar a ação do tempo, mesmo esta seja que breve?

Reflito. Admiro. Concluo que nossos problemas são esvaziados ao admirarmos uma bela flor. E penso, que escolhemos mulheres como flores, lindas e perfeitas, sempre esquecendo da crueldade do tempo. Flores e mulheres murcham, caem e morrem. Antes das boas recordações, diferente das flores, as mulheres deixam seu legado, seus momentos de carinho, os momentos belos e olhares encantadores. Por isso, os homens escolhem as flores que perduram. Por isso, nos é tão estranho presentear as mulheres com flores, pois sabemos de sua efemeridade. Nós, homens raros que buscam a profundeza de vossas almas, escolhemos flores que nos pareçam eternas. Que a beleza seja do ato e não das pétalas.

3 comentários:

  1. bonito. Agora falta escrever sobre a 'retidão do bambu'. rs

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  2. " As flores brotam e morrem ... as estrelas brilham,mais um dia se apagarão ... tudo morre, a terra, o sol, a via láctea ... até mesmo todo esse universo não é excessão ... comparado a isso ... a vida de um homem é tão breve e fugidia como o piscar de um olho ... nesse curto instante ... os homens nascem, riem, choram, lutam, sofrem, lamentam, odeiam pessoas e amam outras. Tudo é transitório ... em seguida,todos caem no sono eterno, chamado morte." - Arayashiki

    Então, o que é breve? Se nossas vidas não passam de um piscar de olhos? E se é tudo um piscar de olhos, que este seja belo quanto à visão que aprecia antes que os olhos se fechem.

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  3. Mas a beleza é infinita, ainda que a natureza das coisas seja passageira. E tudo é passageiro, até a Pedra da Gávea.
    Não se esqueça de que, ainda que a beleza de uma rosa fosse perene, nossos olhos não os são, com o tempo a vista embaça, perde as cores, perde as formas, e até a memória do que se está vendo.
    Se as coisas fossem perenes, talvez daríamos a elas menos valor ainda.

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