domingo, 30 de março de 2014

30 anos

Ter completado o famigerado "30 anos" tem sido bem diferente do que imaginava, tanto, que demorei vinte dias para refletir o suficiente sobre seu significado. Não que os "30" representem algo, mas na verdade representa, talvez, a primeira idade com "valor cabalístico" digno de ser notada. O que quero dizer, é que "trinta" é a primeira idade terminada em zero, onde se contam as décadas com certa facilidade e sem superlativos ou "quase", e podemos compará-la com outra década, a de "20 anos".

Muitas questões que, aos vinte anos, faziam minha cabeça ferver ferozmente foram resolvidas, seja através da razão ou da emoção, pouco me importando, senão, que foram resolvidas. Muitos objetivos que idealizava ter conquistado aos trinta, de fato, com atraso ou não, foram conquistados. Mas, efetivamente o que me importuna é o quanto mudei. Mudar é evoluir, sem dúvida, mas no que tange às minhas mudanças, afirmo com toda a certeza, foram mudanças para pior.

A pior mudança foi exatamente do Cara que era otimista e conseguia extrair o lado positivo de todos os fatos para o Cara, realista que está cansado do joguinho humano pelo poder e ego. Todas as relações humanas são pautadas pelo ego, em maior ou menor grau. Desde a amizade verdadeira até o amor eterno, passando pelos inimigos e por todos em nossas vidas. O cansaço tem me tirado do jogo, de todos os jogos que podemos ter.

Mas, em ultima instância, escrever este texto me deu um norte, ao menos, do que desejo em uma mulher. Cheers!