domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ego

Sou um homem de atitudes egoístas, e nelas, desejei profundamente que estivessem comigo. Se fosse meu desejo altruísta profundo, daria solenemente mias posses para vocês, mas o que acontece é que desfruto de vossa companhia, ou seja, me é importante vossa presença.

Apenas digo, aos meus mais íntimos amigos, que desejei profundamente vossa existência ao lado da minha. Só posso dizer que os amo profundamente, mas, ainda mais, amo a mim.

Beijones do Diegones ao casal VAscones de verdones nessa noite.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Só eu sei..

De todas as dores
e males
que vossa alma pudesse
na minha depositar
o maior deles
sem dúvida
é a dúvida.

Só eu sei
que penumbra me encontro
desencontro minhas certezas
que outrora roguei a ti

Desses nossos mágicos dias
que vossa pessoa ignoraste
e fizeste traste
recordo como mel.

Só eu sei
o que desfiz para fazê-la
entender-me por completo
Para completar o que me faltava.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Insônia ou dos Sentimentos Perdidos

Quando perdemos o sono, nessas noites que todo mundo tem, o relógio se torna nosso pior inimigo. Inicia-se uma batalha entre ver a hora e tentar dormir o mais rápido possível, o que na verdade é impossível, posto que a cada minuto nos cobramos ainda mais. Altas horas, sono cobrado. Desisto, pego um livro e leio-o. Se vier o sono ótimo, se não, ótimo idem.

Ando com a mesma insônia de sentimentos. Não é o relógio que digladia comigo senão eu mesmo. Preciso de livros para essa batalha, ou seja, não ligar para o tempo do sono e dos amores.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A minha primeira vez com um homem

A primeira vez de qualquer pessoa é sempre marcante. Uns dizem que é sofrimento durante o ato e outros um prazer imenso. No meu caso, a primeira vez com um homem, foi misto de ambos, dor e prazer. Não lembro de nenhuma mulher que tenha tido a importância que ele teve e tem na minha vida. A dor veio no final e explico depois. O prazer, dura até hoje. Homem marcante, de personalidade forte, quiçá parecida com a minha. Passamos horas, madrugadas na minha cama, sempre juntos. Confesso, que até no banheiro partilhávamos nossas intimidades. Ele nunca ligou, sempre foi muito aberto para mim.

O conheci por intermédio de um professor da faculdade. Disse-me assim: - Diego, você tem que conhêce-lo, vai se apaixonar. O conquistei com suor de meu esforço, o que não me foi fácil. Fomos para casa, ainda no caminho, nos tocamos pela primeira vez. Já havia tocado outros homens e incontáveis mulheres, mas esse, nosso primeiro contato, foi uma porcaria. Simplesmente não teve química, física e biologia com ele. Coloquei-o em seu devido lugar, e lá, esperou-me por cerca de dois anos, até que um dia resolvi tentar novamente ter com ele. Sou um cara de paciência e tolerante. Minha melhor amiga disse que esteve com ele e realmente era maravilhoso, pensei, porque não?

Tirei de seu local, agarrei-o com força e fomos para a minha cama. Viramos a noite juntos, num deleite interminável. Era manhã e tinha que ir para a faculdade. Acompanhou-me na ida ao estágio e posteriormente para a faculdade. No estágio nos comportamos, mas na faculdade, loucuras. A partir desse dia estaríamos juntos todos os dias.

Quando acabamos, por decisão dele, estava no ônibus de volta para casa. Lembro que olhei pela janela e senti um profundo vazio. Era a primeira vez que ao acabar de ler um livro sentia um buraco negro, e agora, que tem mais sobre Hary Haller? Assim, acabou, e eu? Como fico sem mais do livro? Era uma dor terrível. Foi prazer durante a leitura.


Hermann Hesse é o primeiro autor que me conquistou profundamente, que ainda me toca no sentido artístico. Não é atoa que é laureado com Nobel de literatura. Estou relendo O Lobo da Estepe. Hesse é maravilhoso. Após cinco anos ter lido-o pela primeria vez, retomo com Lobo da Estepe. E tenho ainda um prazer enorme em tê-lo comigo.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O Cassino

 

No cassino do amor, apostei minhas últimas fichas no número que lhe era de direito. Perdi. Ora, senão é da vida ser uma eterna aposta, onde se faz natural ganhar algumas vezes e perder noutras? Pois bem, perdi. Perdi tudo o que tinha, todas as fichas, as que carregavam esperança de uma boa ventura, de um mar de felicidades. Mas... Perdi. Perdi feio. Até que, tentei apostar umas moedinhas que me haviam sobrado no paletó, porém, era tarde demais. O dano já havi se instalado em mim, o desespero tomado conta, se fazendo sentimento perpétuo. O que me resta?

O orgulho vendi alí na esquina, a troco de banana. Levaram, de lambuja, todas as minhas certezas. Isso que mais me dói, levarem as minhas certezas. Sim, o dono do cassino ao me ver em tantas derrotas consecutivas, ficando no liso, me deu um punhado de possibilidades. Até foi generoso, diria que me deu um mundo de possibildiades. Perco as certezas e ganho possibilidades, o que não ajuda muito.

Enfim, agora, sem recursos para tentar a novidade no cassino da vida, fico vagando pelas ruas com minhas possibildiades no bolso, sem saber o que fazer. Mas se tivesse te ganho na aposta...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O Casamento do Meu Amigo

Já se passaram alguns poucos meses desde que meu amigo de infância se casou. Ferdinandis é o cara do tipo que não tem como se apaixonar por ele. Transborda tranquilidade. Já a sua esposa... É maravilhosa. É apaixonante também, tranquila também. O Fernando é um homem de muita sorte. A Catharine é uma mulher de muita sorte. O casal merece toda a sorte do mundo. Sabe, o tipo de casal, ambos inteligentes, bem-humorados, que conversam sobre tudo, conscientes, alegres, bonitos; enfim, tudo de bom que se pode conhecer numa pessoa, ambos carregam esses adjetivos.



O Fernando e Cathá é o casal que mais me faz acreditar que o amor é verdadeiro, que existe e que é possível encontrar alguém para ser feliz. Amo-os de paixão. O casal guti-guti, que dá gosto de vê-los juntos. Mais de quatro anos (ou cinco, não sei) juntos e continuam apaixonados. A coisa mais linda que já vi e ouvi foi o Fernando dizer, quando perguntei ironicamente, se ele iria MESMO se casar. Ele respondeu carregado de certeza e amor: - Sim cara, a Cathá é a mulher da minha vida. Isso é o máximo do amor.

Os amigos reunidos, demos uma luna de miel em Buenos Aires. Bom, o presente tinha que ser entregue pela galera, junta. O Ricardo, muito esperto, bolou algumas presepadas ao casal, onde tiveram que cumprir algumas "tarefinhas" como beber um litro de cerveja em um minuto, andar vendado, carregar a noiva nas costas e muchas otras cositas más. A entrega foi muito bacana, um prelúdio do quão seria maravilhoso o dia do casamento. De brinde ganhei mais amigos, que a cada dia vou selando mais esses laços. Uma galera muito show de buela. Até fizemos um amigo oculto na minha casa!

Do dia do casamento, tive a enorme honra de levar o noivo para a igreja. No carro, enquanto dirigia e conversava, pensava como estava o dia, o sol brilhava intensamente, um dia lindo. Também pensava na responsabilidade de conduzir o noivo em segurança, imagina uma tragédia... Talvez, pela primeira vez, senti-me responsável por quem carregava no carro.

A lembrança mais forte do casamento que tenho é, momentos antes da noiva entrar, o Fernando parado no altar, a multidão de amigos na expectativa. Fecham-se as portas. Olho novamente para o Fernando. Espera. Sentimentos. Abrem-se as portas e vejo somente a silueta da noiva. Olho pro Fernando. Chorando. Choro. Olho para a noiva. Ela sorri o mais belo e profundo do mundo. Ele chora. Imagino o que ele tem em mente. Não imagino, só ele sabe. O contraste é magnífico. Ele chorando a felicidade e ela rindo a felicidade. Eu chorei mesmo e fiz questão de não esconder. Todos choramos.

A festa. Ah, a festa... Que delícia. Lugar perfeito, gente maravilhosa, 250 amigos reunidos celebrando o casamento do casal lindo. Lá, ela abraça uma amiga e chora. O Fernando sorri com todos os amigos. Enfim, foi um dos dias mais felizes da minha vida. E dá gosto de vê-los juntos!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Paixão ou Amor?

Hoje, olhando para os meus livros da época de graduação em Ciências Biológicas, vejo o quanto ainda amo ser Biólogo. Já estou formado a 5 anos e continuo amando a biologia.

Olho para minha tatuagem, a primeira, e sinto um prazer enorme em tê-la, um orgulho tremendo.

Estou tentando definir se é amor ou paixão. Sei que é um sentimento forte. Anseio por mais sentimentos fortes.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Meu Jardim ou dos Amores Perdidos

Sou um homem de sentimentos fortes e enraizados na minha alma. Depois de tantas tragédias dignas de Homero, decidi por tornar-me mais Zen e ter, no meu recanto do lar, um pequeno jardim. Como homem normal e falho, exijo algo de meu jardim. Não muita coisa, quiça algumas que o deixem aquém de sua natureza, mas e daí, sou falho e exijo mesmo.

Quero que meu jardim, seja meu confidente. Quero poder lhe contar meus segredos, e acima de tudo, meus sonhos sem que riam deles. Já riram dos meus sonhos, até me falaram que eram estúpidos! Estúpidos são vocês. Me chamaram de louco, depois que o realizei, falaram que eu era um tipo semi-Deus. Não sou nada que não eu mesmo. Mas sempre acompanhado de um rótulo, ora estúpido e ora semi-Deus.

Quero que meu jardim seja lindo. Lindo aos meus olhos e por isso o cultivo com carinho. Para um jardim, beleza é fundamental. Flores charmosas, bambus retorcidos, pequenas construções em vermelho. Gosto de alguns detalhes que são fundamentais. Tem que ter flores cheirosas, porque o jardim não é só para os olhos. Muito menos para o olfato. Todo o conjunto tem que agradar, a priori, a alma.

Quero um jardim que me compreenda. Que cada flor diga, com toda a sinceridade de sua beleza, o que preciso ouvir. Quero também que meu jardim me conte seus segredos. Quero jardim que, a cada dia que o veja pela manhã, sinta o orgulho de poder pensar: Esse magnífico jardim é meu! Sou o responsável por ele.

Quero um jardim, com uma fonte no seu interior. Quero que o barulhinho bom da água escorrendo seja música para os meus ouvidos. Desejo também, que vez por outra, a fonte me fale algo que me faça pensar, que seja impactante na minha alma, e eu berre: Nunca havia pensado nisto! Você é demais!

O meu jardim tem que gostar de mim, e me conhecer profundamente. Quero que ele me surpreenda todos os dias. Poderia muito bem um dia presentear-me com um beija-flor. No outro dia, poderia ter uma bela borboleta. Quem sabe, seja tão profundo que um dia me traga um camaleão ou talvez alguns sapos.

Quero que o jardim seja paciente com a natureza. Só será belo se for paciente com as lagartas, afinal, um dia serão belas boroboletas. Quero que o jardim administre seus problemas e me traga outros. Poderá muito bem dar um jeito nas formigas!

Enfim, quero apenas um jardim que seja a representação daquilo que me é falho na alma.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Das Dores Terrenas

Não suporto essa espera pela cicatrização dos furos feitos em meu corpo. Olho arturdido e não vejo esperanças de uma melhora rápida. Me toma o peito um sentimento de arrancar esses pregos ferozmente inseridos na minha carne. Questiono-me se a dor vale à espera. Vejo os outros corpos, lindos, em suas formas perfeitas e eu, aqui, na mesma por dias. E já não sei mais quanto tempo hei de suportar visto que, corpo débil, tudo se torna mais demorado. Encaro como uma provação aos meus desejos íntimos, de mudanças e de nova vida. Mas dói, sobretudo à espera, longa espera. Olho-me no olho, procuro nas profundezas de minh'alma forças para continuar com este sacrifício. Sim, quero satisfazer o gozo de meu ego, mas, novamente, corpo débil, somente me causo dor.

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Quem acertar para "quem" é o texto ganha um doce!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Meu presente

Estúpido ser que fizeste troço de meus presentes, minhas relíquias e acima de tudo, sonhos. Jogaste fora com valor de inutilidade aquela flor que te dei para conquistar um sim numa pergunta futura. Entendeste erradamente minha poesia sussurrada ao pé da orelha. Confesso, que já esgotado de outras batalhas, não entreguei meu sangue como outrora fiz. Mas e daí, não é de menos os tesouros que te dei ao som das águas. Mostrei-te meu singelo universo construído, abri meu diário, rasguei algumas folhas e você, nada...

Agora, vejo a glória nos céus, pois sei que anjos nos salvaram de um erro lastimável, talvez, fôssemos pesados demais para estar no mesmo barco. Minha alma de mil toneladas, que nem eu mesmo suporto, o que dirá você donzela preocupada com suas próprias tranças inúteis. Jamais entenderia minha complexidade, posto que flor que és tu, murcharia como seca no sertão.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Eu e o Wal-Mart

Eu e o Wal-Mart do campinho temos uma relação ímpar, muito íntima. É que estaciono meu carro dentro do Wal-Mart todos os dias em que tenho aula na facul. Mas nossa intimidade não cessa por aí. Nos corredores desse mercado, já busquei coisas sem preço. No setor de esportes, é onde vejo meus sonhos. Vejo uma barraca para quatro pessoas, vejo o preço, imagino meus quatro eleitos andando por aí, montando-a em lugares inóspitos. É, amo viajar mesmo. Ainda ne mesma seção, encontro as cadeiras para a praia, e assim, estou na Ilha Grande, na minha barraca nova, com cadeiras novas. A Mágica Ilha Grande, onde conheci magias encantadoras...

Na seção de pet encontro pacotes de amor incondicional, pois, cada vez que vejo a ração pra cães lembro do Astor. Amo meu cachorro e sinto a falta dele. Nunca pensei que num mercado lembraria dele tão fortemente que o peito doesse. O Wal-Mart tem dessas coisas.

Outro dia desses fui lá buscar um amor. Olhei para os corredores imaginando tudo o que poderia ser, posto que sonhador, imaginava todas as possibilidades. Esse vidro, chamado amor, caiu no chão e quebrou, ou seja, paguei sem levar. Mas não me entristeci! Fui lá com vontade de levar e isso é o que me importa. A minha vontade.

Enfim, o Wal-Mart vende o que preciso pro corpo, mas pra alma ainda se encontra nas entre-linhas da vida.

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Pra você Cintia, sobre minha relação com o Wal-Mart.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Eu Sou um Babaca!

Acho bacana mesmo, nesses dias quentes de verão, talvez pelas noites mais amenas, zoar com os pobres. Pobre, não miserável. Miseravél não tem graça, a vida já escorraça tanto, que quando vou zoar o cara nem reage, fica ali, no chão, implorando por comida. Definitivamente não tem graça. Mas zoar com pobre tem graça. E muita! Fala sério brother, quem nunca jogou um ovo na galera no ponto de ônibus, de manhã, indo para o trabalho? O foda é acordar cedo, porque pobre tem essa mania. Mas, uma vez por mês, compro meus ovinhos, peço para minha empregada me acordar cedo, pego o carro importado do papis e lá vou ao meu divertimento. Passo pelo ponto, miro nos pobrinhos e vrum! Lanço a caixa de ovos. Dou um freadão, porque a graça é ver a galera suja e puta. Morro de rir e saio arrancando. Mó adrenalida brother.

Um dia desses aí meu carro quebrou. Pô, mó vacilo. Mas tá tranqx, fui de busum mesmo. Daí tive a sacação máxima. Brother, quando cruzar por um ônibus, da minha janela vou jogar ketchup no outro busum. Cara, no mesmo dia fui com uma galera comer um podrão, malocamos o treco de ketchup e não deu outra, quando um outro ônibus ia passar pelo nosso, porra brother, apertei o tubinho com toda a minha força. Sujei geral mané, hahahaha. Monte de pobrinho sujo dentro do busum.

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O tema deste texto foi pedido por uma amiga, Ana Lídia. Agora, quem quiser um tema, só pedir. O tema era esse: Eu sou um babaca. E onde estou sendo babaca? Os dois causos acima, apesar de ficção, são baseados em histórias que amigos meus vivenciaram.  A babaquice é que quando meu amigo contou que se sujou de ketchup, da forma descrita acima, eu ri. Ao rir, consenti o ato e me tornei cúmplice do ato. É como se falasse assim: - Cara li no jornal que um cara levou um tiro no estômago e tava tão cheio de suco que começou a vazar, igual ao desenho animado! Saía suco e sangue, ahahahaha. Mas se fosse um ente querido não teria graça. Levar um tiro não tem graça. Ser sujo por um playboy de merda não tem graça. Então Ana, ao rir do meu amigo, tornei-me babaca. Pergunto-me quantos atos consentimos ao sermos conivente, pelo menos rindo? Como fazer piada do Holocausto. Tem graça para quem não tem sentimento.