quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Minha iluminação



Todas as minhas dúvidas quanto ao espírito, Deus e tudo mais foi resolvido. Foi de forma súbita, uma catarse, mas carrega minha vida como base


A primeira confusão é, quando se abandona os sentimentos em prol da iluminação, surge uma dúvida cruel: - Será mesmo essa minha natureza, minha vontade mais íntima? Ou será apenas enganação do meu raciocínio? Os iluminados dizem que estas questões cessam quando se atinge o nirvana. Eu, simplesmente, não consegui abandoná-las. Mas as resolvi. E a resposta é simples demais. A natureza humana, de qualquer indivíduo, é o resultado de impressões fisiológicas (neuropeptídeos[1]) que recebemos do exterior, ou seja, nós não somos realmente nós, mas sim, algo formado pelo exterior. E a genética? Os genes fazem sua parte, mas não sua totalidade. Somos misto de genes e impressões externas. Logo, aquilo que chamo de "minha natureza" necessariamente não é minha. Problema resolvido.

E sobre abandono de sentimentos? Os sentimentos são fontes de dor. Todos eles, e abandoná-los é a melhor maneira de se econtrar a paz, a felicidade. A felicidade não é o cumprimento total dos desejos, mas o oposto, a inexistência deles. O domínio sobre eles.

Mas a vida perde a graça assim? Não, porque sempre existirão desejos, até mesmo o desejo de não se ter desejos. O que acontece ao iluminado é que se ganha mais consciência do que se tem, do que se perde. As coisas ganham seu real valor. A vida encontra o equílbrio.

Depois posto mais sobre Neuropeptídeos.

[1] http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732004000200008&script=sci_arttext

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