segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Obrigado ao tempo!

Quero agradecer ao tempo, senhor da razão, dominador da emoção.

Somente o tempo é capaz de abrir a percepção para o olhar mais adequado da realidade. Durante o silêncio que existe entre os dois pontos extremos da existência humana, as reações necessárias para a mudança da alma ocorrem de forma lenta, porém eficiente.

Os dados que rolam para desenterrar a minha sorte, já não são capazes de desenvolver todo a potencialidade da existência humana. Abandono as pequenezas oriundas da ausência de desafios, para descobrir que no vazio, sou capaz de ver o que almejo. A plenitude é a única benção que podemos receber. É ter a sagacidade de reconhecer as falhas do destino como uma oportunidade para a reflexão.

Reflexo de mim no olhar do outro. Reflexo da minha tristeza no sorriso do outro. Uma pequena falha, corrigida pelo tempo. Por isso, agradeço ao tempo, por exercer sua paciência de forma incontestável.

Um dia daqueles

Hoje é um dia típico na minha cabeça. Recuperando-me de uma virose, ah, virose, nunca sabemos o que é efetivamente, mas de qualquer maneira, já recuperado. Na verdade, saí de uma entrando em outra, só para me deixar de molho em casa por 15 dias. Tempo suficiente para me dedicar ao estudo de mim mesmo, ou seja, sobre o tudo do nada.

Mas hoje é um dia daqueles, bem sacal, sem querer existir, tudo incomoda, tudo é chato, não quero ver as pessoas, porém, gostaria de encontrar todo mundo. Isso, isso mesmo, dia estranho de gente estranha.

Há muito, venho pensando sobre um certo desânimo que paira sobre mim, e hoje, concluí minha problemática: preciso que cada atividade minha seja um desafio ou caio no ostracismo. Bom, já estou exilado de minhas funções intelectuais, mas a verdade, que por mim, hoje, apenas desapareceria. Não vislumbro nada de produtivo e estimulante além de uma vida vazia, chata e galgada na mesmice burguesa da classe média.

Tentei meditar, em vão. Meditar é um saco. Tentei equilibrar minhas energias mentalizando algo positivo. Mentalizar é um saco. Qualquer coisa é um saco. Comer é um saco, passar fome é um saco. Espero, sinceramente, acordar amanhã com a disposição de um leão faminto e não como uma preguiça bem alimentada.