quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A minha primeira vez com um homem

A primeira vez de qualquer pessoa é sempre marcante. Uns dizem que é sofrimento durante o ato e outros um prazer imenso. No meu caso, a primeira vez com um homem, foi misto de ambos, dor e prazer. Não lembro de nenhuma mulher que tenha tido a importância que ele teve e tem na minha vida. A dor veio no final e explico depois. O prazer, dura até hoje. Homem marcante, de personalidade forte, quiçá parecida com a minha. Passamos horas, madrugadas na minha cama, sempre juntos. Confesso, que até no banheiro partilhávamos nossas intimidades. Ele nunca ligou, sempre foi muito aberto para mim.

O conheci por intermédio de um professor da faculdade. Disse-me assim: - Diego, você tem que conhêce-lo, vai se apaixonar. O conquistei com suor de meu esforço, o que não me foi fácil. Fomos para casa, ainda no caminho, nos tocamos pela primeira vez. Já havia tocado outros homens e incontáveis mulheres, mas esse, nosso primeiro contato, foi uma porcaria. Simplesmente não teve química, física e biologia com ele. Coloquei-o em seu devido lugar, e lá, esperou-me por cerca de dois anos, até que um dia resolvi tentar novamente ter com ele. Sou um cara de paciência e tolerante. Minha melhor amiga disse que esteve com ele e realmente era maravilhoso, pensei, porque não?

Tirei de seu local, agarrei-o com força e fomos para a minha cama. Viramos a noite juntos, num deleite interminável. Era manhã e tinha que ir para a faculdade. Acompanhou-me na ida ao estágio e posteriormente para a faculdade. No estágio nos comportamos, mas na faculdade, loucuras. A partir desse dia estaríamos juntos todos os dias.

Quando acabamos, por decisão dele, estava no ônibus de volta para casa. Lembro que olhei pela janela e senti um profundo vazio. Era a primeira vez que ao acabar de ler um livro sentia um buraco negro, e agora, que tem mais sobre Hary Haller? Assim, acabou, e eu? Como fico sem mais do livro? Era uma dor terrível. Foi prazer durante a leitura.


Hermann Hesse é o primeiro autor que me conquistou profundamente, que ainda me toca no sentido artístico. Não é atoa que é laureado com Nobel de literatura. Estou relendo O Lobo da Estepe. Hesse é maravilhoso. Após cinco anos ter lido-o pela primeria vez, retomo com Lobo da Estepe. E tenho ainda um prazer enorme em tê-lo comigo.

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