sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Meu presente

Estúpido ser que fizeste troço de meus presentes, minhas relíquias e acima de tudo, sonhos. Jogaste fora com valor de inutilidade aquela flor que te dei para conquistar um sim numa pergunta futura. Entendeste erradamente minha poesia sussurrada ao pé da orelha. Confesso, que já esgotado de outras batalhas, não entreguei meu sangue como outrora fiz. Mas e daí, não é de menos os tesouros que te dei ao som das águas. Mostrei-te meu singelo universo construído, abri meu diário, rasguei algumas folhas e você, nada...

Agora, vejo a glória nos céus, pois sei que anjos nos salvaram de um erro lastimável, talvez, fôssemos pesados demais para estar no mesmo barco. Minha alma de mil toneladas, que nem eu mesmo suporto, o que dirá você donzela preocupada com suas próprias tranças inúteis. Jamais entenderia minha complexidade, posto que flor que és tu, murcharia como seca no sertão.

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