domingo, 2 de janeiro de 2011

Madrugada

No silêncio gélido desta madrugada sombria, escuto com maior atenção os pequenos sentimentos ditos pelo coração outrora ignorados sumariamente. Desfaço os nós atados nos pensamentos demasiados racionais com esses pequenos segredos que o coração insiste em dizer. Porém, tudo se torna um emaranhado de insensatez visto que tudo torna-se sem sentimento, contudo vazio de racionalidade. Ao que me vejo sem definir o que é, digo, o que sou, torno-me então, nada. E o problema é esse mesmo, pois, desejo fruto da razão eliminar os sentimentos, após consegui-los, constato que não raciocinei por completo e então, caio no abismo. Uma queda sem fim, o que é trágico. Imagine-se, cair esperando a iminência do impacto, mas este, nunca chegar. O tempo passará, mas tudo será uma possibilidade de ocorrência.

2 comentários:

  1. Uma queda sem fim é como caminhar sem ter aonde chegar.

    Ótimos dizeres, don Diego!

    Um grande abraço.

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  2. Pus dois elos no meu blog e indiquei o seu. Abraço.

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