terça-feira, 14 de outubro de 2014

Chato

Gostaria de depositar em você a culpa de minha tristeza, mas confesso, ela é toda minha. Sem dúvida, eu jamais poderia ser o que você deseja em um companheiro, pelo simples fato: nunca fomos companheiros! Não sei o que dividíamos, mas, de certo, aquilo que lhe dei não foi o suficiente para segurar o amor e na mesma proporção, o que me deste foi em vão. Na minha opinião, não me deste o mínimo necessário para a boa relação.

O vejo com outro alguém, quem provavelmente lhe deu o que fui incapaz de dar. Mas o que eu tinha a oferecer? Ah, uma vida que não cabe nesse pequeno projeto da sociedade moderna: um apertamento, duas horas de trânsito, aluguel, um emprego medíocre para sustentar esse projeto em igualdade na sua mediocridade e tempo, para fazer o que tu quiseste, ao sabor apenas dos teus interesses. Não! preferiria a morte rápida à me matar homeopaticamente ao seu lado, fazendo se não uma, mas duas vidas um inferno! E não me venha com as carambolas dizendo que alguém poderia nos ajudar, não, mil vezes não! Isso seria a pá de cal no resto da minha insignificante existência! Queria dar-lhe um mundo incontável de histórias por diferentes culturas, diferentes países. Mas, cada um em sua casa!

Evidente, que dentro do meu planejamento pessoal, do qual você não estava incluída nas especificações originais, permite que fosse dada a sua existência como mais uma variável. Corrompi o projeto e perdi investimentos. Tolo, bobo, idiota. Mas não! Fui o correto e fiz o meu melhor, que ressalto, longe de ser o suficiente para você.

Nunca neguei, gosto de diluir minha solidão na multidão de amigos. E tu, negava participação. Foi decretado o nosso fim.

Siga no seu projeto, que sigo com o meu projeto original: conquistar o mundo! Porque 24 territórios não me são suficientes!

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