quarta-feira, 3 de março de 2010

Insano

Na margem do lago via meu reflexo enquanto criança e pensava no homem que iria me tornar. Hoje, olho no mesmo lago, vejo esse outro reflexo e penso na criança que fui. Não fui a criança que o homem pensou ser e nem o homem que a criança sonhava um dia ser. Torneime algo além do que estava refletido naquela imagem. Lembro-me olhando profundamente no fundo dos meus olhos e construindo tudo o que achava bom. Fato é que, não posso negar, consegui algumas coisas.

Porém minhas marcas mais profundas são do adulto que me tornaria ante a todo aquele asco aos meus companheiros de sala de aula. Via cada defeito, cada desvio de caráter e construí o que seria o ideal. Bom, tudo vento passado e hoje, apenas olho todo o resto. Contemplo. Gargalho. Devagar divago e devaneio.

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