sábado, 6 de março de 2010

Fome

Que as dores que sinto sejam comida para essa alma doente e débil que carrego pesadamente. Que os parasitas de minha existência suguem até o que não tenho, deixando-me livre desse infortúnio chamada vida, ao qual obrigado fui existir. Sobrevivo das migalhas alheias, dos restos existêntes de vossas almas. Carrego comigo as dores que não posso sentir e aturdido caminho para o que já não sei se posso chamar de "em frente". E assim arrasto os dias sacais como uma lesma, vaarosamente carrega a inutilidade de seu peso perante o homem maléfico. Ah! Talvez a lesma seja feliz. Ao menos foi presenteada pelos Deuses sacanas com o dom da ignorância, o não pensar da vida. Se ao menos pudesse me transformar num ser vazio, assim, preenchê-lo-ia com felicidade.

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